Dez horas sempre foram o meu mínimo de tempo de sono para me sentir em forma, adoro não fazer nada, não tenho saco para putos aos berros, curto estar no meu canto sem grandes convívios, fiz ginástica toda a vida porque adoro e além de tudo isso nunca fui de grandes merdas lamechas.
Entretanto engravidei. Nada de especial: um panção gigante, mamas XXXL, tudo bem.
Depois nasceu a Diana.
E é o Amor.
É de outro mundo, de uma dimensão à parte.
Os meus pais preocupadíssimos porque não desgrudamos uma da outra, porque não a deixo lá em casa "para ir a algum lado".
Não quero ir a lado nenhum sem ela.
Gosto que ela me acorde de noite para mamar. Tenho saudades dela se não o faz.
Estou sempre a dar-lhe beijinhos naquelas bochechas, nos pés, no corpo todo. Não sei se algum dia passará esta fase de lamber a cria.
Todos os dias fico surpreendida nem que seja só com um olhar.
Sinto uma adrenalina imensa de saber que este ser humano nasceu de mim e que se alimenta de mim.
Aprendi a cozinhar.
O meu corpo, céus, tão diferente... Mas sou grata pelo parto que tive, pelas mamas a funcionarem bem, pela cabeça fria de que já precisei e pela resistência.
Hoje estou com 38º de febre por causa duma mastite e continuo feliz, porque ela está bem, saudável. E a dormir.
Tenho sempre medo, que é uma forma de estar mais alerta, mais consciente, mais responsável.
Sou assim no (neste) amor, obcecada, intensa, dedicada até à última gota de sangue.
Nada da tua vida fica igual, conheces limites e emoções diferentes de tudo o que viveste até aqui.
Nem toda a gente quer isso, está para aí virada. São opções.
Mas se queres P, força, força e sem medos. ;)