quinta-feira, 24 de junho de 2010

Upgraded mr. Spok


Tão gira a T´Pol... quando for grande quero ser como ela: insensível e barra a matemática.
Talvez se for ali agarrar-me aos livros...

Quinze semanas

"... com o cérebro confiante impregnado de hormonas optimistas, um dos truques da evolução para fazer aquela criança transpor a primeira barreira."

McEWAN, Ian, "Solar"

No meu caso a tal confiança e optimismo renovado fazem com que me sinta no direito de odiar toda a gente. Porque estou muito bem sozinha contra o resto do mundo. Aliás estou muito melhor porque eu é que sei tudo.
Sei mais até do que o meu obstetra porque o corpo é meu e o facto dele praticar a especialidade há trinta anos não lhe dá autoridade nenhuma no que a mim diz respeito.

E quando acabo de odiar todo o mundo começo também a perder a paciência comigo. Sempre enjoadinha. Ai que agora tenho tanta fome, faço um lanche de três cerejas e ai que agora estou tão cheia. Ai que não suporto abrir a porta do frigorífico, tenho que ir à rua, ai que não posso nem ver coentros leve-me já esta salada daqui por favor.
Este carnaval de duas em duas horas? E a merda dos enjôos não parava aos três meses?
Dasss

domingo, 13 de junho de 2010

"As vuvuzelas fazem parte das pessoas que gostam de assoprar (...)"

Cristiano Ronaldo hoje em conferência de imprensa sobre o quão irritantes são estas cornetas.

Serta Sheep

sábado, 12 de junho de 2010

Nicho de mercado


Nunca tinha pensado nisso, mas os gadgets dos velhinhos são os equipamentos hospitalares.
Descobri isto quando vi um grupinho muito excitado a olhar para uma montra destes produtos:
"ai que jeitoso aquele banquinho de pôr na banheira" e por aí adiante.
Levamos uma vida inteira a tentar sair o menos possível de casa:
- às crianças compramos todos os brinquedos do mundo;
- os adolescentes fazem amigos e conversam no computador;
- os adultos inventam ginásios - conheço até alguém muito triste que tem um espaldar (!) na sala;
- os velhinhos levam o hospital para dentro do lar.

A conseguirem, teremos cada vez menos velhitos nos hospitais e centros de saúde. O que como actual frequentadora dos últimos muito me alegraria, porque essa malta ocupa todas as cadeiras muito convictos da sua incapacidade e indiferentes a todos os outros. Que, no caso, são grávidas e ciganos, os outros dois grupos de populacionais a recorrerem aos serviços.
E também me cansa toda aquele desfilar de úlceras, hérnias, hemorróidas e tornozelos tumefactos ("dei uma queda"), diabetes e cóstrol a combinar com o já aqui comentado Old Smell.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Doze semanas


De camarão a Buda.
A minha criatura ainda não nasceu e já está de pernas cruzadas, a meditar. Tão selecto.
Isto promete.

Já agora, a senhora africana que trocou de mamilos comigo pode começar a pensar em desfazer a brincadeirinha, sff.

acerca da menina