sexta-feira, 30 de novembro de 2007

olha lá

Com que direito é que me desapareces durante um dia inteiro?
Preciso - exijo- atenção. Constante e ininterrupta.
Droga.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

crescida


Tenho muitas saudades de ti pequenina. Eras tão gira. A desenhar nos cantinhos da casa... A mãe: "mas que rabiscos são estes??"
A tua carinha marota de dois anos:"escadotes". Claro, como não?
A cantar aquela canção de Natal: "já nasceu o deus me livre, para o nosso beeeem" e tudo a chorar a rir.
A dizer: "um camito" (um bocadinho).
Vais deixando de ser a "pecanhicha".
A luta tornou-se de repente desigual, injusta tantas vezes, incompreensível na maioria. Crescer dói. A responsabilidade pesa. Aquilo que sempre desejaste e idealizaste para a tua idade adulta e independência afigura-se numa caminhada longa e cheia de espinhos. Mas é aí que também sentes o sabor das conquistas, do que te saiu do corpo e que valeu a pena. Porque vale sempre a pena desde que dês o teu melhor. Seja no que for. Essa é das poucas, senão a única, verdade que te posso garantir sem sombra de dúvidas.
Beijo irmã

domingo, 25 de novembro de 2007

A verdade é que é bom.
Tenho medo de acreditar e não posso fingir que não vejo os laivos do passado que não quero de volta.
Mas é bom...

vizinhos

Já conheci a senhora dos gatos (e cães) e também o arrogante de serviço: "Obras, que? dois anos?"
"Er... não, tou a contar com uns 40 dias..." - respondo já de sobreolho levantado.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

coisas estupidas que me acontecem II

Encher e esfregar as mãos em pasta de dentes tendo confundido a dita com o creme das mãos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Cous cous

A versatilidade é uma coisa que me fascina.
Como tinha práli um resto de algo parecido de salada de tomate com cebola decidi pôr a cozer um cous cous para acompanhar.
Enfadada com os longos dois minutos em que estava a olhar para a água a ferver, decido ir tomando uma banhoca.
"Hum... banhinho quente depois da corrida. Tão relaxante... só mais um bocadinho. Só mais outro bocadinho."
Vários bocadinhos depois:
"Que barulho tipo crepitar é este?" Espreito da porta da WC: "Não vejo labaredas, não deve ser nada de grave. Só mais este bocadinho."
Saio e, claro, cous cous colado à panela. Mas o que é lindo é que o que sobrou descolado estava óptimo e ficou uma delícia com o tomate e a cebola.
Daí a cena da versatilidade.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Escolhido

Até que em fim tomei uma decisão.
Andou a fazer-se difícil, mas eu agarrei-o.
Aparece-me sempre de calções de praia e tudo o que lhe peço é atendido sem grandes complicações nem dificuldades. Já alterei mil vezes as condições e ele sempre sem vacilar. Atrasa-se um bocadinho a dar respostas, mas a isso já estou habituada.
Começou logo a tratar-me por "tu" sem grandes salamaleques de circunstância.
Diz "vocêzes" e é o empreiteiro da minha obra.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Palavras e termos novos que aprendi

Betonilha afagada
Azulejo rectificado
Sanca
Aglomerado de pedra
Pastilha (em vez de quadradinhos de azulejo)
Pladur
e diz-se: "não tenho orçamento" em vez de "não tenho dinheiro".

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Sal

O engraçado de trabalhar dez horas pela noite dentro é chegar de manhã, demorar uma hora no banhinho e dormir profundamente enquanto todos os outros estão acordados. Acho piada. Gosto de acordar desnorteada sem saber onde estou nem ter a menor noçao do tempo. Dar-me ao luxo de me perder e de inverter toda a norma. Privilégio só meu. Aqui.
Depois acordo com o cabelo todo desgrenhado, com fome de refeições em horas trocadas e ando assim pelo menos até ao dia seguinte. O ideal é que ocorra ao fim de semana em que o domingo se pode prolongar numa ronha infinita. Aqui a norma é boa.

Só para quem se esteja a rir e a dizer que: "sim, I, isso também acontece quando se sai à noite só que, em vez bulir como escrava estiveste a divertir-te como se não houvesse amanhã, ainda te lembras do que é isso?" Lembro-me, mas isso interfere com a parte do dormir. Durmo melhor depois de trabalhar do que depois de uma noite de risota, copos e malandragem com as amigas.
Ok, não, na verdade, acontece-me mais este vôo do que conseguir reunir as gajas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Eu quero aquecimento

Central
A gás ou eléctrico? Ou quê?
Esta é a questão central da minha vida neste momento.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Uma semana depois

Começo a ficar agastada por não ter luz na sala.
Mas vou mais três dias para fora para poder reflectir sobre isso.

domingo, 11 de novembro de 2007

sábado, 10 de novembro de 2007

Remodelaçoes

Já não aguento azulejos, pedras, materiais, cores, tipos, formas... e ainda agora comecei.
Mas vai ficar muito minha, isso sem dúvida.
Procuro-te. Olho para todos os lados e não estás em nenhum.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ou isso, ou estou num dia bom

Descobri que a persistência genuína e desinteressada me desarma.
Não é a simples teimosia porque isso, pelo contrário, atiça-me a casmurrice.
Alguém, há anos (praí uns seis!), convida-me pra jantar. Primeiro num tom insistente e irritante que logo desprezei. Depois, numa de se fazer engraçado que desprezei também e aí com prazer. Agora num registo de esperança quase perdida, que me chamou a atenção. Tem graça.
Não estou aqui a desvendar nenhum truque de conquista até porque não vou jantar na mesma.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Passagem de bola profissonal

Como interpretar?

opção A: Já fiz o que podia até aqui, faz tu o resto.
opção B: Decide tu que a mim não me apetece/não tenho coragem/não quero ter essa responsabilidade.

Querendo ou não, apetece-me rematar com um estoiro.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

xico-espertice insuportáveeeel!!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pedido

Vem para perto de mim e fica.
Disfruta-me, enlaça-me, conquista-me cada dia.
Faz-me sentir feliz: importante, única.
Tira-me do marasmo, da desilusão, da descrença e do pessimismo.
Renasce comigo.

sábado, 3 de novembro de 2007

esta coisa que asfixia...

acerca da menina