Se o meu telefone também serve para não atender e a minha porta de casa para não abrir.
Seja a quem for.
Acordei cedo, pus roupa a lavar, arrumei a cozinha do jantar de ontem, fomos à natação, fiz o almoço, arrumei a cozinha de novo, limpei a gaiola do canário, estendi a roupa. Acabada de sentar na cama de rede, a apanhar o pouco sol que ainda restava, a miúda acabada de adormecer ao meu colo: campaínha a tocar. Epá não.
Eram os meus pais. Azar.
Meia hora depois, de novo a campaínha insistentemente.
Deitei-a na cama, resmungou. Fui abrir a porta, de caminho apanhei o saco da natação ainda parado à porta e fui estendendo as toalhas e fatos de banho enquanto eles entravam, calçados. São os únicos que cá em casa não tiram os sapatos à entrada. Disse-lhes.
Viraram costas ofendidos.
Azar.
Bateram com a porta e acordaram a míuda.
Azar.
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