Nunca, até vir para Lisboa estudar, senti que vivia num lugar assim tão diferente, a margem sul. Quem vive do outro lado tem um monte de preconceitos e ideias disparatadas que nem sempre correspondem à verdade ou poderão, tão pouco, aplicar-se apenas à margem esquerda do rio Tejo. Ainda assim, vou permitir-me este porque tem mais graça assim:
Podes tirar a pessoa da margem sul, mas não tiras a margem sul da pessoa.
Ao segundo dia de escola a Diana chega a casa e descalça-se dizendo:
- tenho uma surpresa para ti.
- ai sim? O que é?
Tira a sandália e mostra-me um bocado de plasticina lá colado.
- olha, plasticina! Pisaste sem querer?
- não, tirei lá da sala e guardei aqui. Achei que podias precisar.
- ...
2 comentários:
Ainda bem que escreves estas coisas. Que delícia! Era capaz de ler um livro inteirinho de Dianices.
:)
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