quarta-feira, 25 de novembro de 2009

choque térmico

Por mais que tente não consigo deixar de me espantar, depois de estar dois dias na praia com temperaturas à volta dos 30 graus, com este frio à chegada a Lisboa.
E para ajudar tenho no corpo este bronze obsceno.



P.S: Vou colocar este post em primeiro lugar no ranking dos mais nojentos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estou em casa sozinha, em silêncio. Só o teclar no computador, a falar no messenger com a minha irmã.
Gritos, coisas a cair, mais gritos, gatos esganiçados, coisas a partirem-se - na escada do prédio. A minha vizinha e os sete gatos e dois cães num convívio nem sempre amigável. Salto da cadeira porque apesar da constante da gritaria - Baaaaaaaaaaatman, Mikééééé ... - tanto estardalhaço não é comum. Pode ter acontecido alguma coisa.
A voz de um homem, o meu vizinho a antecipar-se a mim.
Olá está bom, não ligue que isto são eles que de vez em quando lhes dá um ginete de loucura. Diz ela. Não sei se não se dá conta que o ginete é dela. O cheiro a comida de animais é dela, a sujeira na escada é dela. A solidão deu-lhe para isto, rodeou-se de animais gordos e pedintes, leva os dias a gritar e a ralhar com todos. Eles saem para a rua e entram em casa conforme ela os expulsa para logo a seguir andar pela rua aos gritos a chamá-los. Nunca a vi ser carinhosa com nenhum. Distrai-se assim da solidão, da velhice, do nada para fazer. Sete gatos e dois cães velhos são os únicos que a aturam.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Este gajo leu-me os pensamentos

Popota zona J - Bruno Nogueira
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1417238

I see u


Ouvir a palavra perfeição alternando com óptima aplicada a mim e logo pela manhã têm o poder de me dispensar os saltos altos o dia todo, tal é o ar importante e inchado com que fico. (ok, ainda pior do que isso que vocês todos aí a levantar as sobrancelhas ou com risos irónicos conhecem)
Fazem com que as visitas anuais ao ofltalmologista mereçam a inevitável hora e meia de espera. Aquele médico não poupa nos elogios, tudo bem que aplicados ao seu próprio trabalho nos meus olhos, mas eu fico tão vaidosa que tenho a sensação que saí do consultório aos saltinhos - reacção fisiológica e ridícula a momentos de excitação incontrolável.
Se pensar que, durante anos, a visita a esta especialidade incluía uns óculos pesadíssimos das fileiras de graduações aplicadas e a cara de incrédula da minha mãe quando eu era incapaz de distinguir um B do tamanho real das bossas de um camelo, acho que se justifica.
Se pergunto alguma coisa - é raro: após o alívio de saber que não me estou a transformar numa toupeira entro logo noutra dimensão, o senhor tem uma maquete de olho em plástico desmontável do tamanho de uma bola de andebol onde me explica ao pormenor o que terá que ser examinado e o porquê.

domingo, 8 de novembro de 2009

Banho turco ou a experiência mais próxima que já tive de uma cena de lesbianismo


Todas as viagens têm uma lição, como disse a minha companheira e eu acho que a que tiro desta é que o banhinho é uma coisa que a pessoa, a minha pessoa, prefere fazer sozinha. Ou pelo menos não com a ajuda de uma outra senhora de grandes seios velhotes e descaídos no meio de muitas outras senhoras desconhecidas todas de mamas de fora numa sala enorme húmida e quente.
As senhoras não falam inglês e vingam-se disso esfregando com muita força os corpinhos que lá lhes aparecem. As caras de poucos amigos contribuem para que mais ninguém abra a boca, além das próprias e em turco, estando pelo menos umas vinte mulheres semi nuas, a cozer ao vapor de olhos fechados, mudas e imóveis.
Foi assim uma mistura de orgia lésbica com câmara de gás.

Istambul - 2009

domingo, 1 de novembro de 2009

Referência Inspiradora

"Vamos estar obcecados com a isenção, a investigação, a profundidade"

in Público, editorial - Um novo começo.

acerca da menina