sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Psicologia

Eu: olha, o gato afia as unhas aí nessa tua cena (chapeleira deixada no chão da sala há uma semana) do carro.
Ele: e tu deixas?!
Eu: eu não! Sou altamente contra, já lhe disse. Inclusivamente escrevi na carta de boa convivência entre humanos e gatos e coloquei-a lá na casinha dele.
Ele: ...

Alguma horas mais tarde...

Eu: olha, o cão roeu os teus ténis.
Ele: os de correr? E tu deixaste?
Eu: eu não! Sou altamente contra, já lhe disse. Inclusivamente escrevi na carta de boa convivência...
Ele: pronto, pronto. Já percebi.

Vamos ver quanto dura...

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Conversas

Diana: eu acho que a Teresa devia para de chorar.
Eu: ela chora bem menos do que tu...
Diana: olha, mãe, eu tenho muito mais problemas! 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Os sem-noção

Há muitas sub-espécies deste tipo de pessoa: sem-noção do ridículo; do bom senso; do bom gosto; do tempo; do espaço; da educação; da privacidade alheia, por aí fora. E há-os muito completos, que reunem várias sem-noção num só ser, chamemos-lhe os sem-noção-de-porra-nenhuma a não ser o que seja do interesse do próprio umbigo. Estes sem-noção-de-porra-nenhuma vivem no submundo da manipulação, dos jogos psicológicos, da chantagem emocional, da lagriminha fácil e gostam de parasitar. Os hospedeiros destes parasitas normalmente são gratos por alguma coisa involuntária e mais ou menos útil que os sem-noção-de-porra-nenhuma às vezes trazem às suas vidas. Pode ser qualquer coisa: uma limpeza, alimentos extra, companhia... you name it. Qualquer delas existiria nas vidas dos hospedeiros de qualquer forma, mas enfim, os sem-noção-de-porra-nenhuma, no seu joguinho, conseguem criar a ilusão da sua própria utilidade. Senão... Choram.
Os sem-noção-de-porra-nenhuma normalmente não incomodam o seu hospedeiro, apenas quem o rodeia.
Não há tratamento conhecido, tenta-se minimizar os danos colaterais.
Eu fui brindada com um destes sem-noção-de-porra-nenhuma na minha vida e não estou a dar conta: a minha sogra.


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A Teresa

Faz hoje cinco meses. Cinco meses de pura doçura. Tenho dito muitas vezes que acho que esta miúda veio ao mundo trazer felicidade tal é o brilho no olhar e o sorriso aberto distribuído a toda a gente. Ainda fico a olhar para ela muitas vezes e a pensar "nem acredito que estás  aqui..." Pensar que me foi concedido outro ser para guardar e educar, é muita sorte a minha...
Mesmo nos dias em que me estou a passar com as duas a chorar, ou as duas a precisar de atenção, ou as duas cheias de ranho num looping interminável de dias e noites a misturarem-se...aquele sorriso derrete-me da cabeça aos pés. E, mais recentemente, as duas a rirem-se juntas... A Diana a divertir-se em fazê-la rir, lembro-me tão bem de me rir com a minha irmã bebé. Espero que ela também se lembre.
Gosto muito desde que nasce, claro, mas mais cada dia também. Adoro este bebé a ficar crescido nas suas roupinhas fofas de inverno.
Sinto que lido com ela sempre a correr, tive pouco tempo de lamber esta cria como gostava. Ela merecia mais. Sinto-a também muito independente: não coatuma acordar a chorar, coloca a chucha sozinha, gosta que a deixem a brincar.
E, olha, estou a ouvir um doce chamado: acordou. Lá vou eu.
:)

P.s Gostava de por uma foto, mas parece que agora tenho que instalar mais uma aplicação que quer aceder aos meus ficheiros privados. Não me apetece, nem tenho tempo para a estudar convenientemente. Talvez um dia.

acerca da menina