terça-feira, 4 de novembro de 2014

Os sem-noção

Há muitas sub-espécies deste tipo de pessoa: sem-noção do ridículo; do bom senso; do bom gosto; do tempo; do espaço; da educação; da privacidade alheia, por aí fora. E há-os muito completos, que reunem várias sem-noção num só ser, chamemos-lhe os sem-noção-de-porra-nenhuma a não ser o que seja do interesse do próprio umbigo. Estes sem-noção-de-porra-nenhuma vivem no submundo da manipulação, dos jogos psicológicos, da chantagem emocional, da lagriminha fácil e gostam de parasitar. Os hospedeiros destes parasitas normalmente são gratos por alguma coisa involuntária e mais ou menos útil que os sem-noção-de-porra-nenhuma às vezes trazem às suas vidas. Pode ser qualquer coisa: uma limpeza, alimentos extra, companhia... you name it. Qualquer delas existiria nas vidas dos hospedeiros de qualquer forma, mas enfim, os sem-noção-de-porra-nenhuma, no seu joguinho, conseguem criar a ilusão da sua própria utilidade. Senão... Choram.
Os sem-noção-de-porra-nenhuma normalmente não incomodam o seu hospedeiro, apenas quem o rodeia.
Não há tratamento conhecido, tenta-se minimizar os danos colaterais.
Eu fui brindada com um destes sem-noção-de-porra-nenhuma na minha vida e não estou a dar conta: a minha sogra.


Sem comentários:

acerca da menina