Ir correr não só é um desafio físico como psicológico. Eu nem gosto muito de correr, mas uma miúda tem que manter algum físico.
Quando vou de manhã começo por ficar na ronha de propósito para ver se fica demasiado calor se for no verão, ou se chove se for inverno.
Lá me arrasto para fora da cama e sou assaltada por uma fome desmesurada que, a ser saciada, será impeditiva de ir então à corridinha.
Adio a fome e equipo-me.
Já na rua começa o cérebro a enviar mensagens pelo corpo: está muito calor, isto deve fazer mal; dói o joelho, se calhar é melhor parar; dói a cabeça, vamos parar?; dói o pé; as costas, o dedo mindinho... E não desisti até porque tenho aquela mariquice de colocar nos ténis e no IPOD e não quero baixar a média. Consegui com isto a improbabilidade de enganar o meu próprio cérebro.
A música nos ouvidos e na mente tem ainda o mérito de me distrair dos carros a buzinar e dos anormais que mandam bocas. Além de que me abstrai. É a minha forma de meditação.
Ultrapassados todos os obstáculos invade-me uma sensação de vitória e bem-estar que me acompanha ao longo do dia todo. Aconselho.
1 comentário:
Conheço a sensação,mas no fim compensa .
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