sábado, 25 de agosto de 2007

Praias


Hoje fui "estrear" as praias urbanas da Costa, as que estão a ser recuperadas. Aquelas que guardo nas primeiras memórias que tenho de ir à praia. Ia muito com a minha avó durante o mês de Junho que eram as férias dela. Todos os dias me comprava um pirulito: uma espécie de rebuçado num palito que me cortava a língua toda ao fim de umas chupadelas de tão aguçado que ficava. Chegávamos de autocarro e, à saída esperávamos numas paragens que eu adorava porque tinham uns ferrinhos onde me empoleirava em cambalhotas sem fim. Estas paragens ainda hoje só funcionam na época balnear e eu já não me empoleiro lá porque ando de carro. E também porque já sou demasiado grande: bato com a cabeça no chão. Não experimentei, é só um feeling.
Tinha tantas saudades destas praias, já nem me lembrava do luxo de as ter.
E há também as de S. João. O cheiro daquelas praias traz-me as minhas primas e eu em pequenas. Horas sem fim sempre dentro de água e a brincar às esculturas na areia. As nossas mães preocupadas porque o mar ficava longe na maré vazia e tinham medo que nós nos perdêssemos. Foi lá que inventámos os sapinhos com fome... aquela careta que faço nas fotos? Vem daí! Há quatro ou cinco anos quando lá cheguei e vi a praia a um terço chorei de desgosto. Hoje estão a metade disso.

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