As negociações com a barriga são já muitas:
abraçar pessoas sem espetar o rabo é difícil. Se já antes sufocava os amigos com o meu busto desenvolvido, esborrachar a miúda nos ventres alheios não é uma opção.
calçar-me de pé, ou qualquer outra actividade que chame o joelho ao peito também deixou de ser possível e por me esquecer constantemente disto, na verdade acho que é mais gosto em contrariar o óbvio, já quase caí em cambalhota de tanto me enrolar.
os bracinhos ficaram curtos e tenho graves dificuldades em estender roupa à janela. Tem que ser de lado segurando a roupa e pondo as molas só com uma mão - difícil. Resulta em muita roupa caída na rua ou, numa versão que me agrada mais, no estendal da minha vizinha, que me odeia (poderia lembrar-me de várias razões, mas como não lhe dei nenhuma, tenho que presumir que é só porque sou gira) e como tal, assim que dá pelas minhas cuecas de renda a esvoaçar na sua janela, trata de as atirar à rua na mesma.
E por fim, se no início me esquecia muito que estava grávida e pensava por segundos credo estou tão gorda que já nem consigo encolher a barriga, agora é vou só ali caber naquele espacinho e... pa baaam: barriga encalhada ou a bater em sítios.
2 comentários:
No entanto, é uma barriguinha muito fofi.
O Vodka Atónito associa-se à causa e manda um abraço solidário, tendo tomado a liberdade de, no nosso tasco, linkar este estabelecimento.
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