De estar;
De não ser.
Ver e Sentir.
Não poder dizer;
Querer ferir.
De respirar e
morrer num suspiro.
terça-feira, 31 de julho de 2007
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Mas foi murro ou empurrao?
Lá fui eu hoje trabalhar, tentar dar o meu melhor, proporcionar conforto e segurança, etc.
O senhor precisava de ir à casa de banho: " can I go in the front?" E eu: "no, sorry, the toilet is in the back". Lá foi resmungando. Continua-se o trabalho, poucos passageiros, tudo nas calmas. No regresso da casa de banho, o senhor outra vez com muita pressa e já muito maldisposto disparou: "let me pass, i want to pass!!" E nós "ok, ok, just a second" Enquanto desviávavamos no mínimo 10kg de trolley que estava a serviço. Num acesso de fúria, a personagem furou caminho por cima dos lugares vazios e com a mão fechada veio de encontro ao meu braço empurrando-me para passar, sem que eu estivesse no caminho: "you are a bloody company!"
A grande dúvida: isto foi um murro ou um empurrão? Que maltratou e insultou não é de todo relevante. O grande busílis era esta questão que, de tão clara e gritante conseguiu reunir o consenso de todas as testemunhas oculares. Mas a quem tinha o poder de intervir e o dever de defender o que importava era objectivamente: "mas foi murro ou empurrão?" E ainda se desculpa: "há pessoas sem educação."
Espero que a má educação não dê para se atirar ao pescoço de alguém numa próxima oportunidade. E se der, já sei com quem não posso contar.
O senhor precisava de ir à casa de banho: " can I go in the front?" E eu: "no, sorry, the toilet is in the back". Lá foi resmungando. Continua-se o trabalho, poucos passageiros, tudo nas calmas. No regresso da casa de banho, o senhor outra vez com muita pressa e já muito maldisposto disparou: "let me pass, i want to pass!!" E nós "ok, ok, just a second" Enquanto desviávavamos no mínimo 10kg de trolley que estava a serviço. Num acesso de fúria, a personagem furou caminho por cima dos lugares vazios e com a mão fechada veio de encontro ao meu braço empurrando-me para passar, sem que eu estivesse no caminho: "you are a bloody company!"
A grande dúvida: isto foi um murro ou um empurrão? Que maltratou e insultou não é de todo relevante. O grande busílis era esta questão que, de tão clara e gritante conseguiu reunir o consenso de todas as testemunhas oculares. Mas a quem tinha o poder de intervir e o dever de defender o que importava era objectivamente: "mas foi murro ou empurrão?" E ainda se desculpa: "há pessoas sem educação."
Espero que a má educação não dê para se atirar ao pescoço de alguém numa próxima oportunidade. E se der, já sei com quem não posso contar.
sábado, 21 de julho de 2007
Faz parte
Quem vai aos festivais de música de verão já sabe: aquilo é mesmo um festival. Começa logo com a caloraça que se panha, porque "vamos cedinho para aproveitar" a seguir o drama de saber se vai dar ou não para levantar dinheiro no multibanco e, já que falamos em comunicações, todos sabemos de como as redes de telemóvel entopem nestes dias. Principalmente se "fomos só ali" e nos perdemos dos amigos sem os quais nada daquilo vai ter a mínima graça e com os quais já tínhamos tudo combinado há meses. Seguem-se as necessidades fisiológicas. Aqueles barracos pestilentos com um furo no centro a fazer de sanita são um bom teste à nossa capacidade de permanecer sem respirar, se quisermos sobreviver ao cheiro nauseabundo. Quais testes de resistência? Festivais é que é.
Mas isto tudo é culpa nossa porque quem manda beber tanta cerveja que nos enche a bexiga ou comer aquelas iguarias que nos fogem do organismo a sete pés assim que lá entram? E quem manda ser ganacioso e ir para o recinto mal nasce o dia para quando finalmente actuar o grupo que nos levou lá já estarmos sem pachorra?
Porque o espírito dos festivais é único e é irresistível.
O nariz cheio de macacos pretos de tanta poeira que se respira.
Mas isto tudo é culpa nossa porque quem manda beber tanta cerveja que nos enche a bexiga ou comer aquelas iguarias que nos fogem do organismo a sete pés assim que lá entram? E quem manda ser ganacioso e ir para o recinto mal nasce o dia para quando finalmente actuar o grupo que nos levou lá já estarmos sem pachorra?
Porque o espírito dos festivais é único e é irresistível.
O nariz cheio de macacos pretos de tanta poeira que se respira.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
O Amor
Sentir aquele arrepio e o nervosinho do encontro, mesmo que seja o milésimo. O estômago apertado, o tremelique nas pernas.
Frio, calor, frio outra vez, muito calor...
Mesmo que tenha que esquecer tudo logo a seguir.
Fazer das tripas coração e continuar à espera, a sorrir, a lutar e a acreditar.
A vida não pára...
Frio, calor, frio outra vez, muito calor...
Mesmo que tenha que esquecer tudo logo a seguir.
Fazer das tripas coração e continuar à espera, a sorrir, a lutar e a acreditar.
A vida não pára...
sábado, 14 de julho de 2007
As sardinhadas na Ericeira
São do melhor que há. Tirando a casa dos meus pais, não há lugar no mundo (e olhem que uma pessoa viaja muito) onde seja mais mimada. Não só eu, como qualquer pessoa que tenha o privilégio de entrar por ali dentro. E depois permitem que se junte aquele grupinho que repete até à exaustão as mesmas piadas e "fait divers" de há anos. Tanto que, mesmo os elementos recém adquiridos (a malta vai-se juntando às almas gémeas) já riem e participam como se os tivessem vivido.
E a dona Tina sempre ali ao cantinho a rir para o infinito...
Um grande bem-haja a uns grandes anfitriões.
E a dona Tina sempre ali ao cantinho a rir para o infinito...
Um grande bem-haja a uns grandes anfitriões.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Uma vez escrevi para a Vogue
Isto foi em Março. Reza assim:
Foi com grande interesse que, na Vogue do mês de Março, me deparei com o artigo de Sofia Ramos, que fala de como aparentemente começa a ficar desactualizado o mito da mulher inteligente e bem sucedida que seria, por outro lado, pouco atraente aos olhos dos homens. O meu interesse foi tanto maior porque, e perdoem-me talvez a falta de humildade, considero-me parte desse grupo de mulheres. Só houve um pequeno susto quando a minha leitura do artigo atinge um parágrafo citado da obra “Why Smart Men Marry Smart Women” em que se proíbe, sob pena de ser insultuoso, a uma licenciada em direito de se apresentar como hospedeira. Nesse dia, assim que me reuni com a minha tripulação tive o cuidado de alertar a minha colega, que era licenciada em direito, para esconder a qualquer custo a profissão que exerce em futuras conversas com algum pretendente. E, por precaução, achei melhor avisar também a outra, que era licenciada em arquitectura, porque nunca se sabe. Bem sei que o parágrafo continua e defende a seguir que não se deve esconder aquilo que se é ou se faz na vida, mas não vamos acreditar que alguém que escreve numa publicação com uma tiragem invejável no universo das revistas femininas consegue entrar em contradição no espaço de apenas dois parágrafos que ainda por cima são seguidos.
Espero, aliás, que este número chegue ao maior numero possível de colegas minhas uma vez que a companhia aérea onde trabalho exige a licenciatura na selecção de assistentes\comissários de bordo, vulgo “hospedeiras\os”.
Eu, pela minha parte, farei o que puder para que todos fiquem alertados já que, da minha licenciatura em jornalismo, me ficou o sentido de dever e o gosto de difundir informação.
Foi com grande interesse que, na Vogue do mês de Março, me deparei com o artigo de Sofia Ramos, que fala de como aparentemente começa a ficar desactualizado o mito da mulher inteligente e bem sucedida que seria, por outro lado, pouco atraente aos olhos dos homens. O meu interesse foi tanto maior porque, e perdoem-me talvez a falta de humildade, considero-me parte desse grupo de mulheres. Só houve um pequeno susto quando a minha leitura do artigo atinge um parágrafo citado da obra “Why Smart Men Marry Smart Women” em que se proíbe, sob pena de ser insultuoso, a uma licenciada em direito de se apresentar como hospedeira. Nesse dia, assim que me reuni com a minha tripulação tive o cuidado de alertar a minha colega, que era licenciada em direito, para esconder a qualquer custo a profissão que exerce em futuras conversas com algum pretendente. E, por precaução, achei melhor avisar também a outra, que era licenciada em arquitectura, porque nunca se sabe. Bem sei que o parágrafo continua e defende a seguir que não se deve esconder aquilo que se é ou se faz na vida, mas não vamos acreditar que alguém que escreve numa publicação com uma tiragem invejável no universo das revistas femininas consegue entrar em contradição no espaço de apenas dois parágrafos que ainda por cima são seguidos.
Espero, aliás, que este número chegue ao maior numero possível de colegas minhas uma vez que a companhia aérea onde trabalho exige a licenciatura na selecção de assistentes\comissários de bordo, vulgo “hospedeiras\os”.
Eu, pela minha parte, farei o que puder para que todos fiquem alertados já que, da minha licenciatura em jornalismo, me ficou o sentido de dever e o gosto de difundir informação.
Tenho a vida cheia de Amigas
Estão sempre lá. Abraçam-me no meio da rua ou onde quer que nos encontremos. Falamos sempre como se a última vez tivesse sido ontem e às vezes esse ontem já foi há meses ou anos. E se foi há anos ou se há muita informação nova, a gritaria de querer contar tudo ao mesmo tempo e a risota pegada ouve-se a quilómetros. Compreendem quando as abandono por algum motivo que vem sempre a revelar-se de menor importância. E mesmo depois disso fazem uma festa só porque volto ainda que seja após vários dias desaparecida. Sabem e perdoam todos os meus defeitos até os que se viram contra elas como morrer de ciúmes só porque tenho que as partilhar com quem quer que seja.
Obrigada por me terem encontrado, por me procurarem mesmo quando me escondo, por me dizerem sempre a verdade mesmo que adocicada: “sim, estás mais gorda, mas gira na mesma.”
Obrigada por me terem encontrado, por me procurarem mesmo quando me escondo, por me dizerem sempre a verdade mesmo que adocicada: “sim, estás mais gorda, mas gira na mesma.”
domingo, 8 de julho de 2007
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