Quem vai aos festivais de música de verão já sabe: aquilo é mesmo um festival. Começa logo com a caloraça que se panha, porque "vamos cedinho para aproveitar" a seguir o drama de saber se vai dar ou não para levantar dinheiro no multibanco e, já que falamos em comunicações, todos sabemos de como as redes de telemóvel entopem nestes dias. Principalmente se "fomos só ali" e nos perdemos dos amigos sem os quais nada daquilo vai ter a mínima graça e com os quais já tínhamos tudo combinado há meses. Seguem-se as necessidades fisiológicas. Aqueles barracos pestilentos com um furo no centro a fazer de sanita são um bom teste à nossa capacidade de permanecer sem respirar, se quisermos sobreviver ao cheiro nauseabundo. Quais testes de resistência? Festivais é que é.
Mas isto tudo é culpa nossa porque quem manda beber tanta cerveja que nos enche a bexiga ou comer aquelas iguarias que nos fogem do organismo a sete pés assim que lá entram? E quem manda ser ganacioso e ir para o recinto mal nasce o dia para quando finalmente actuar o grupo que nos levou lá já estarmos sem pachorra?
Porque o espírito dos festivais é único e é irresistível.
O nariz cheio de macacos pretos de tanta poeira que se respira.
2 comentários:
O espírito é mesmo único irmã. E já lá vão uns quantos contigo.
Beijinhos
és a minha companheira.
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