Estão sempre lá. Abraçam-me no meio da rua ou onde quer que nos encontremos. Falamos sempre como se a última vez tivesse sido ontem e às vezes esse ontem já foi há meses ou anos. E se foi há anos ou se há muita informação nova, a gritaria de querer contar tudo ao mesmo tempo e a risota pegada ouve-se a quilómetros. Compreendem quando as abandono por algum motivo que vem sempre a revelar-se de menor importância. E mesmo depois disso fazem uma festa só porque volto ainda que seja após vários dias desaparecida. Sabem e perdoam todos os meus defeitos até os que se viram contra elas como morrer de ciúmes só porque tenho que as partilhar com quem quer que seja.
Obrigada por me terem encontrado, por me procurarem mesmo quando me escondo, por me dizerem sempre a verdade mesmo que adocicada: “sim, estás mais gorda, mas gira na mesma.”
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