Isto foi em Março. Reza assim:
Foi com grande interesse que, na Vogue do mês de Março, me deparei com o artigo de Sofia Ramos, que fala de como aparentemente começa a ficar desactualizado o mito da mulher inteligente e bem sucedida que seria, por outro lado, pouco atraente aos olhos dos homens. O meu interesse foi tanto maior porque, e perdoem-me talvez a falta de humildade, considero-me parte desse grupo de mulheres. Só houve um pequeno susto quando a minha leitura do artigo atinge um parágrafo citado da obra “Why Smart Men Marry Smart Women” em que se proíbe, sob pena de ser insultuoso, a uma licenciada em direito de se apresentar como hospedeira. Nesse dia, assim que me reuni com a minha tripulação tive o cuidado de alertar a minha colega, que era licenciada em direito, para esconder a qualquer custo a profissão que exerce em futuras conversas com algum pretendente. E, por precaução, achei melhor avisar também a outra, que era licenciada em arquitectura, porque nunca se sabe. Bem sei que o parágrafo continua e defende a seguir que não se deve esconder aquilo que se é ou se faz na vida, mas não vamos acreditar que alguém que escreve numa publicação com uma tiragem invejável no universo das revistas femininas consegue entrar em contradição no espaço de apenas dois parágrafos que ainda por cima são seguidos.
Espero, aliás, que este número chegue ao maior numero possível de colegas minhas uma vez que a companhia aérea onde trabalho exige a licenciatura na selecção de assistentes\comissários de bordo, vulgo “hospedeiras\os”.
Eu, pela minha parte, farei o que puder para que todos fiquem alertados já que, da minha licenciatura em jornalismo, me ficou o sentido de dever e o gosto de difundir informação.
1 comentário:
Mulher, claro que podes pôr o link no teu blog. vou pôr o teu no meu, está bem.
Também tenho licenciatura em ciências da comunicação, com direito a pós graduação. Será que devo coser a boca e não dizer a ninguém, para que pensem que sou mulher burrinha, sem vontade própria?
Beijo
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