Lá fui eu hoje trabalhar, tentar dar o meu melhor, proporcionar conforto e segurança, etc.
O senhor precisava de ir à casa de banho: " can I go in the front?" E eu: "no, sorry, the toilet is in the back". Lá foi resmungando. Continua-se o trabalho, poucos passageiros, tudo nas calmas. No regresso da casa de banho, o senhor outra vez com muita pressa e já muito maldisposto disparou: "let me pass, i want to pass!!" E nós "ok, ok, just a second" Enquanto desviávavamos no mínimo 10kg de trolley que estava a serviço. Num acesso de fúria, a personagem furou caminho por cima dos lugares vazios e com a mão fechada veio de encontro ao meu braço empurrando-me para passar, sem que eu estivesse no caminho: "you are a bloody company!"
A grande dúvida: isto foi um murro ou um empurrão? Que maltratou e insultou não é de todo relevante. O grande busílis era esta questão que, de tão clara e gritante conseguiu reunir o consenso de todas as testemunhas oculares. Mas a quem tinha o poder de intervir e o dever de defender o que importava era objectivamente: "mas foi murro ou empurrão?" E ainda se desculpa: "há pessoas sem educação."
Espero que a má educação não dê para se atirar ao pescoço de alguém numa próxima oportunidade. E se der, já sei com quem não posso contar.
2 comentários:
Com segurança não se brinca. Informa-se o chefe de cabine ou então o comandante. Se o comportamento escalar, ele que espere uma escala no próximo aeroporto e a respectiva multa.
Qualquer dia saltamos em cima deles, rodamos a baiana. "Ah deste-me um empurrão?! Eu dou-te um murro no focinho!" Acaba-se a calma e a paciência e a raiva acumulada de anos vem ao de cima. Nessa altura, não vou querer ser passageiro, vou estar do lado das fardas, das meninas bem penteadas, vou bater palmas e pedir bis!
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