sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

De cortar o coração

Uma senhora, que podia ser a minha avó. De muletas, a sorrir agradecida pelo momento raro de atenção que lhe foi concedido. Dois minutos, se tanto, de conversa de circunstância.
Os olhinhos húmidos a explicar que talvez conseguisse descer a escada íngreme porque não queria deixar as outras pessoas à espera. Esta generosidade que desarma por ser a de todos os dias e não da que compramos na corrida das datas convencionais.
Eu a dizer-lhe que não, não era preciso, que esperávamos que a viessem buscar. Com muito gosto.
A outra a correr disparada, na pressa de ganhar dois minutos do tempo precioso dela, em voz alta: " a senhora não consegue descer as escadas?! É que assim está toda a gente à espera!"
Disse logo que sim e, com um esforço que teve tanto de doloroso como de desnecessário, desceu devagarinho e entrou no autocarro sozinha, porque os filhos também não esperaram e sairam primeiro.
Há dias em que morro um bocadinho.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Vergonhas

É mais que sabido que sou uma nódoa na cozinha.
Na praça às compras ou em qualquer mercearia sou uma anedota, sobretudo se disser respeito a legumes. Já tive a fase em que, por orgulho, não perguntava o que eram as coisas e trouxe para casa uma couve lombardo quando queria uma alface.
Depois experimentei a técnica de usar o meu melhor sorriso para pedir "um quilo de beterraba, por favor" por não saber bem o aspecto das gajas com casca, ao que a a dona da banca de legumes me fintou com a resposta: "tome lá o saco e escolha as que quiser".
Agora devo estar na fase em que tenho a mania que sei, tal a segurança com que apontei para umas verduras e disse: "dê-me um raminho de coentros, por favor" ao que me respondem: "isso é agrião, menina."

E ainda nem entrei ainda no admirável mundo dos legumes esquisitos como as courgetes e outros que tal.
Adivinha-se o pior.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Constato que lido muito mal com a TPM quando nem eu própria me aguento.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Coisas chatas em viver sozinha

1-Estar enrolada em mantas no puff a ver filmes e preocupada com a couve-flor que está a apodrecer no frigorífico.
2-Ter que comprar uma cena eléctrica para aquecer a cama que a minha mãe, sempre atenta, descobriu.

Se me lembrar de mais alguma, voltarei.

Ah, ok, há aquela que conto muito em forma de anedota que é fazer um dói-dói, dizer "ai!" e ninguém vir a correr dar beijinhos, mas admitir e escrever isso seria muito mimado da minha parte.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ser Racional

Com o corpo todo a pulsar...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Perdoem-me a fanfarronice

Mas há dias em que sinto que tenho o melhor emprego do mundo.
Este é um deles.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Mais um potencial problema na comida

Um dos problemas de resistir à TV Cabo é dar de caras tantas vezes com os programas da manhã e da tarde onde meia dúzia de caras conhecidas (ou tentativas de ascendentes a) e outras nem tanto divagam sobre os mais variados assuntos e coisas nem nem à categoria de assunto podem almejar. Sim, há sempre o alternativo canal dois, mas hoje não estava com vontade de aprender o abecedário com aquela versão moderna da Rua Sésamo que tem outro nome que agora não me ocorre.
Num desses programas deparei-me com um senhor brasileiro que tem um livro onde aconselha vários alimentos para ajudar a tratar duzentas e cinquenta doenças. Isto significa o quê? Que qualquer dia alguém se lembra de pedir receita médica quando for comprar laranjas ou couve roxa, que parece que ajuda a aliviar a dor de cabeça. Ou seja, não deve faltar muito para que uma ida à mercearia e escolher frutas e legumes seja considerada auto-medicação. Ah sim, parece que o senhor aconselha sempre frutos e legumes, não me pareceu o género de ter lá no livro uma valente caracolada para curar... sei lá, conjuntivite? Mas tinha lógica: não há registos de caracóis com problemas de olhos ramelentos. Isso seria nojento. Já não serviriam para curar problemas de baba ou ranhoca, por exemplo.
"It would never be the same anyway."

sábado, 1 de dezembro de 2007

Genocídio, Ruanda



A História está cheia destas estórias incompreensíveis, ultrajantes.
Há alturas em que sinto mudanças no ar. Talvez seja só de casa.
Mas hoje sonhei que vivia algo não turbulento nem problemático. Assim limpinho. 
Depois li não sei onde: "o seu maior sonho vai realizar-se".
ieah

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

olha lá

Com que direito é que me desapareces durante um dia inteiro?
Preciso - exijo- atenção. Constante e ininterrupta.
Droga.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

crescida


Tenho muitas saudades de ti pequenina. Eras tão gira. A desenhar nos cantinhos da casa... A mãe: "mas que rabiscos são estes??"
A tua carinha marota de dois anos:"escadotes". Claro, como não?
A cantar aquela canção de Natal: "já nasceu o deus me livre, para o nosso beeeem" e tudo a chorar a rir.
A dizer: "um camito" (um bocadinho).
Vais deixando de ser a "pecanhicha".
A luta tornou-se de repente desigual, injusta tantas vezes, incompreensível na maioria. Crescer dói. A responsabilidade pesa. Aquilo que sempre desejaste e idealizaste para a tua idade adulta e independência afigura-se numa caminhada longa e cheia de espinhos. Mas é aí que também sentes o sabor das conquistas, do que te saiu do corpo e que valeu a pena. Porque vale sempre a pena desde que dês o teu melhor. Seja no que for. Essa é das poucas, senão a única, verdade que te posso garantir sem sombra de dúvidas.
Beijo irmã

domingo, 25 de novembro de 2007

A verdade é que é bom.
Tenho medo de acreditar e não posso fingir que não vejo os laivos do passado que não quero de volta.
Mas é bom...

vizinhos

Já conheci a senhora dos gatos (e cães) e também o arrogante de serviço: "Obras, que? dois anos?"
"Er... não, tou a contar com uns 40 dias..." - respondo já de sobreolho levantado.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

coisas estupidas que me acontecem II

Encher e esfregar as mãos em pasta de dentes tendo confundido a dita com o creme das mãos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Cous cous

A versatilidade é uma coisa que me fascina.
Como tinha práli um resto de algo parecido de salada de tomate com cebola decidi pôr a cozer um cous cous para acompanhar.
Enfadada com os longos dois minutos em que estava a olhar para a água a ferver, decido ir tomando uma banhoca.
"Hum... banhinho quente depois da corrida. Tão relaxante... só mais um bocadinho. Só mais outro bocadinho."
Vários bocadinhos depois:
"Que barulho tipo crepitar é este?" Espreito da porta da WC: "Não vejo labaredas, não deve ser nada de grave. Só mais este bocadinho."
Saio e, claro, cous cous colado à panela. Mas o que é lindo é que o que sobrou descolado estava óptimo e ficou uma delícia com o tomate e a cebola.
Daí a cena da versatilidade.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Escolhido

Até que em fim tomei uma decisão.
Andou a fazer-se difícil, mas eu agarrei-o.
Aparece-me sempre de calções de praia e tudo o que lhe peço é atendido sem grandes complicações nem dificuldades. Já alterei mil vezes as condições e ele sempre sem vacilar. Atrasa-se um bocadinho a dar respostas, mas a isso já estou habituada.
Começou logo a tratar-me por "tu" sem grandes salamaleques de circunstância.
Diz "vocêzes" e é o empreiteiro da minha obra.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Palavras e termos novos que aprendi

Betonilha afagada
Azulejo rectificado
Sanca
Aglomerado de pedra
Pastilha (em vez de quadradinhos de azulejo)
Pladur
e diz-se: "não tenho orçamento" em vez de "não tenho dinheiro".

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Sal

O engraçado de trabalhar dez horas pela noite dentro é chegar de manhã, demorar uma hora no banhinho e dormir profundamente enquanto todos os outros estão acordados. Acho piada. Gosto de acordar desnorteada sem saber onde estou nem ter a menor noçao do tempo. Dar-me ao luxo de me perder e de inverter toda a norma. Privilégio só meu. Aqui.
Depois acordo com o cabelo todo desgrenhado, com fome de refeições em horas trocadas e ando assim pelo menos até ao dia seguinte. O ideal é que ocorra ao fim de semana em que o domingo se pode prolongar numa ronha infinita. Aqui a norma é boa.

Só para quem se esteja a rir e a dizer que: "sim, I, isso também acontece quando se sai à noite só que, em vez bulir como escrava estiveste a divertir-te como se não houvesse amanhã, ainda te lembras do que é isso?" Lembro-me, mas isso interfere com a parte do dormir. Durmo melhor depois de trabalhar do que depois de uma noite de risota, copos e malandragem com as amigas.
Ok, não, na verdade, acontece-me mais este vôo do que conseguir reunir as gajas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Eu quero aquecimento

Central
A gás ou eléctrico? Ou quê?
Esta é a questão central da minha vida neste momento.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Uma semana depois

Começo a ficar agastada por não ter luz na sala.
Mas vou mais três dias para fora para poder reflectir sobre isso.

domingo, 11 de novembro de 2007

sábado, 10 de novembro de 2007

Remodelaçoes

Já não aguento azulejos, pedras, materiais, cores, tipos, formas... e ainda agora comecei.
Mas vai ficar muito minha, isso sem dúvida.
Procuro-te. Olho para todos os lados e não estás em nenhum.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ou isso, ou estou num dia bom

Descobri que a persistência genuína e desinteressada me desarma.
Não é a simples teimosia porque isso, pelo contrário, atiça-me a casmurrice.
Alguém, há anos (praí uns seis!), convida-me pra jantar. Primeiro num tom insistente e irritante que logo desprezei. Depois, numa de se fazer engraçado que desprezei também e aí com prazer. Agora num registo de esperança quase perdida, que me chamou a atenção. Tem graça.
Não estou aqui a desvendar nenhum truque de conquista até porque não vou jantar na mesma.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Passagem de bola profissonal

Como interpretar?

opção A: Já fiz o que podia até aqui, faz tu o resto.
opção B: Decide tu que a mim não me apetece/não tenho coragem/não quero ter essa responsabilidade.

Querendo ou não, apetece-me rematar com um estoiro.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

xico-espertice insuportáveeeel!!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pedido

Vem para perto de mim e fica.
Disfruta-me, enlaça-me, conquista-me cada dia.
Faz-me sentir feliz: importante, única.
Tira-me do marasmo, da desilusão, da descrença e do pessimismo.
Renasce comigo.

sábado, 3 de novembro de 2007

esta coisa que asfixia...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Enchi um caderninho de sonhos

Ganhei este hábito porque são tantos os sonhos e tão reais e as sensações de "dejá vu" que decidi ir anotanto para ver se existe alguma relação. E existe sim, às vezes.
Hoje sonhei que estava na praia, e que a m me ligou, como faz muito, a perguntar se estava bom tempo, se dava para ir ter comigo. Eu respondo que sim, está calor e começo a dirigir-me para o nosso sítio. Por algum motivo eu estava ainda um bocadinho longe e fico de repente com a sensação que estava ali senão há vários dias, pelo menos desde a noite anterior. Olhei em volta e estavam umas pessoas demasiado junto a mim causando-me uma sensação de surpresa desagradável.
Começo a andar e o dia solarengo e azul começa a ficar negro. Ficou de noite, como num eclipse, o vento começa a soprar gelado e a areia a levantar e a formar círculos. subo umas escadas a correr e tento pegar na bicicleta. Não consigo abrir o cadeado, sinto-me a bloquear e em pânico.
Acordei com uma sms.
Parece que há alguém que me salva até dos pesadelos.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

coisas estupidas que me acontecem

Como partir em mil pedaços um prato que estou a lavar e cortar-me toda.
Das duas uma ou deixo de lavar loiça de manhã quando acordo porque, pelos vistos, venho com uma força sobrenatural ou compro loiça em aço.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Perai! Ha Dois!!


Oh meu deus, um mal nunca vem só: Jonathan Haagensen

Fofura

É que não aguento.

Tive de o publicar para poder vir sempre aqui olhar pra ele: Phellipe Haagensen.

Afinal, ainda nao sou um caso perdido.

Olha agora, por exemplo, não me apetecia estar sozinha.


os beijinhos da Jodie Foster não são repenicados, são como os daquelas tias com bigode... ou sem dentes? não sei bem.

domingo, 28 de outubro de 2007

Elas foram jantar ontem

Não pude ir, tinha trabalho. Fiquei triste. Tenho saudades delas, da histeria quando estamos juntas, de dizer obscenidades aos gritos e de fazer ainda pior se alguém nos está a ouvir ou a ver. De relembrar pela milésima vez as peripécias de muitas viagens e pelo mundo e pela vida que tivémos juntas.
Ainda hoje não sei bem o que fazer quando estou em casa nos dias em que haveria treino, nunca recuperei da vossa perda...
Foi por isso que enviei aquele mail, por despeito (vá sim, riam-se e fazam trocadilhos sobre como o despeito em mim é uma utopia, eu espero que párem de rir e gozar....). Doeu-me e senti como uma desconsideração. Não pude ficar calada. É que entretanto também perdi aquela coisa de olhar para algumas com aquela admiração incondicional. Sim, nós as mais novas sempre olhámos para vocês lá no alto com aquele medo de como seria no dia em que entrássemos na rítmica de grupo. Havia aí também uma certa autoridade que vos reconhecíamos e, ao crescer e evoluir transformámos isso em respeito, confiança, respeito, proximidade.
Já sei que estou a exagerar e que vão haver mais jantares, mas doeu.
Já disse que vos adoro?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Obcessao

"Dark chocolate filled with a dark chocolate mousse", Lindt.

Creation 70% Chocolate Mousse: Characterized by a strong presence of
cacao with slight creaminess, Creations 70% Mousse offers a unique
contrast between the smooth filling and crisp, dark chocolate exterior.
The mousse acts as an extension of the chocolate, offering a smooth,
bittersweet experience.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

tenho saudades dele



coisa mais fofa...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

futebol

Eu entro em transe sempre que uma equipa de futebol sofre uma contrariedade qualquer e se começa logo a desculpar os jogadores pelas eventuais futuras incompetências e pela merda de jogo que se está mesmo a adivinhar. Desculpem lá, mas eles não ganham milhões?! Se não se justificam assim, então como? Ah porque está frio e os meninos estão longe de casa isto afecta o rendimento... foda-se!
Eu, tudo bem, com o devido reconhecimento da minha insignificância, cheguei a pagar para ir representar o meu país a fazer o meu desporto, para o qual também pagava numa colectividade, envergando as cores do clube e mais uma vez do país, em equipamento pago pelos meus pais e nunca me foi permitido queixar de menor rendimento devido a porra de mariquice de mau tempo ou má alimentação nenhuma!

Aproveitei o tema para dar largas ao meu melhor vernáculo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Top of the world

Há dias em que as coisas mais simples são a tradução da pura felicidade, como poder ir andar de bicicleta ao por do sol pela praia, aproveitando que está maré vazia porque, além de eu não ser grande espadalhão* a andar, a minha bicicleta não é todo-o-terreno. E sentir aquele cheiro a mar característico das nossas praias.
Ter o tempo todo do mundo, sem pressas, sem compromissos, sem ninguém à espera, sem esperar ninguém. Pode bem ser o paraíso.

*espadalhão é uma palavra que a minha mãe usa muito quando alguém quer mostrar mais capacidades do que aquelas que realmente tem. Não tenho a certeza da existência deste termo já que, como todas as mães, a minha tem tendência para inventar e reinventar a língua portuguesa. Usei o termo porque gosto da maneira como soa, quase como um palavrão.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Bolacha Maria

Comprei um pacote de propósito para dar a um cãozinho que vejo quase todos os dias.
Em vez disso, devorei as bolachas todas banhadas em leitinho.
Tenho 5 anos outra vez.
umpf.

sábado, 13 de outubro de 2007

domingo, 7 de outubro de 2007

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Friends


Tenho uma amiga que acha que sou a Pheebs.
Porque é que isso não me soa assim tão bem?

Luz


Quando vinha a entar em casa mesmo há bocadinho tinha uma luz laranja a sair de baixo da porta. Era o por do sol a transbordar p'la casa e janelas dentro. O céu e os vários estados entram-me pela casa e pelo espírito dentro. Também assisto a trovoadas.
Eu adoro esta casa. Não deixo de sentir uma certa nostalgia em deixá-la. Foi amor à primeira vista, desde o momento em que cá entrei quis ficar. Demorou um ano este namoro e agora já cá estou quase há dois.
Tem aquele desleixo de primeira casa: poucos (um) móveis, o sofá mais barato que havia, a televisão do quarto em casa dos pais, a aparelhagem de som que era do meu pai há 300 anos. Algumas coisas trouxe para os sentir perto de mim, para não me sentir completamente fora deles, para me sentir em casa. E tem a minha cara: sempre com vestígios de praia, nomeadamente areia; livros espalhados e amontoados por todos os lados; papelinhos de tudo e de nada sempre em cima das coisas; o frigorífico, que é mínimo, só tem quatro constantes: cerveja, chocolate preto, leite e queijo, por esta ordem.
Vou lembrar-me sempre dela.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A passos largos. Não sei pra onde.

sábado, 29 de setembro de 2007

Folga ao sabado

Tão boa, já não me lembrava como sabe bem.
Só 'tou um bocadinho triste porque estou há 30 minutos em frente à televisão e a tomar o pequeno-almoço sem desenhos animados... Já não dá? Lembro-me que ao fim de semana era dose reforçada, se calhar acordei muito tarde.
Vou ver este documentário sobre cataratas.
Tudo menos o mr. bean, que não suporto. Estou sempre desejosa que alguém lhe dê um tiro e acabe com aquela estupidez infinita.

Jantar com aqueles dois

Já tinha tantas saudades dela. Aquelas pessoas que nos lêem só na voz ao telefone.
Fomos jantar os três. Eles são um, apesar de cada personalidade ser vincada e forte, quando juntos funcionam como um. Ela diverte-se com as semelhanças entre a amiga e a cara-metade. Parece que está relacionado com o signo. Tenho que me render às evidências porque ontem por exemplo coincidia o mau feitio atroz. Mas com ela acalmamos, os dois, a sintonia é tanta.
As conversas ficam todas sem fim porque temos sempre muito que falar e pedir opiniões, que não nos damos ao trabalho de terminar os assuntos e atropelamo-nos trazendo outros temas à ribalta. Fica sempre aquele gosto de querer um bocadinho mais, mais tempo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O fim do verao na mercearia

Tudo bem, muito engraçado como a natureza produz as vitaminas que precisamos mais consoante as estações, mas não há nada mais deprimente do que o fim das frutas de Verão. Já nem falo dos caracóis e das sardinhas cuja falta me deprime, mas admito que é bom um intervalinho senão também enjoa.
Agora as uvas, o melão, a melancia, as cerejas, os morangos, figos, nêsperas - não me cansem, eu sei que algumas destas são da Primavera - é tanta a variedade que não há como enjoar, não estou preparada para me despedir! (não me cansem outra vez porque também não vou comprar coisas de estufa ao preço do ouro).
Pêros, pêras, laranjas e tangerinas. Tudo bem, a romã para dar uma corzinha. São óptimos, mas convenhamos, não são estonteantes.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

bio swatch

A minha prima: o buda. A outra prima: ainda não se sabe. O tempo a passar por mim...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Almoçar sozinha, da nisto

Não adoro, mas também não evito nem me importo. Gosto de ir a cervejarias e a sítios típicos e, havendo essa hipótese, fico ao balcão. Foi o que fiz hoje e, o habitual, só homens lá sentados. Quando os olhares se tornam insuportáveis pego no telemóvel e finjo que estou a fazer qualquer coisa, se alguém telefona é a alegria.
Diverte-me a dúvida inicial dos empregados em vir logo anotar o meu pedido ou esperar para ver se tenho companhia. Quando peço uma imperial quebra-se logo o gelo. Hoje não, fui ignorada porque estava no Porto e lá as coisas têm outros nomes. Emendei a gaffe imediatamente e pedi um fino. Logo o sorriso cúmplice do empregado.
Nessa altura, sentou-se à minha frente, bem, mais ou menos porque o bacão era em forma de U, sentou-se na direcção do meu olhar o Galã. A sorrir e a fazer olhinhos. Estava só à espera de quando é que sacava do pente e compunha a brilhantina ali mesmo.
Quinze minutos depois de uma brilhante exibição de macho latino, que passou por falar em voz alta, palitar os dentes e soltar arrotos sonoros, não pude ignorar mais. Ponderei entre fazer as minhas habituais trombas, acompanhadas de sopros e expressivo revirar de olhos ou, atitude mais sensata, continuar a ignorar.
Foi então que decidi inovar: olhei o animal nos olhos e comecei a comer inteiros os pedaços de melão, sim, aturei o número até à sobremesa. Já com as lágrimas nos olhos com a vontade de rir, quase não via o efeito no meu alvo e assim era também a concentração para não me engasgar. Só foram precisos três nacos de melão: o outro ficou vermelho até às orelhas, pediu a conta e saiu. Nem café tomou!
Vale a pena acrescentar que todos os outros meus companheiros de balcão se aperceberam da cena e estavam a ponto de me aplaudir quando afugentei a personagem.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Eu já sabia que é verdade, que há livros que nos encontram a nós. Já me tinha acontecido e voltou a acontecer. Não vou partilhar convosco porque está longe de ser uma pérola da escrita. Ele foi o último em que peguei sem hesitar depois de ter passado duas ou três horas numa livraria que é uma coisa que adoro e já nem me lembrava de o fazer. Ainda no liceu, ia de propósito a Lisboa de barco e a pé até à Bertrand no Rossio e ficava lá, a ler, a passear pelas estantes, rodeada de livros. Muitas vezes não ia, nem fui, com intenção de comprar nada, mas a companhia daquelas histórias todas fazia e faz-me sentir bem. Tenho imensas conversas sem falar.
Este livro quis vir comigo, tinha coisas para me dizer, para me contar e mostrar. Tem frases que, por fazerem tanto sentido, ressoaram em todo o meu corpo: "não quero que me lamentes."

O Impossivel Acontece

Arrumei, quer dizer, organizei a confusão que é a minha contabilidade!
Estou a surtar, só pode.

domingo, 16 de setembro de 2007

O clima e eu

É engraçado como, até pode ser da minha cabeça mas, em várias situações, o tempo no meu habitat está mesmo sintonizado comigo. Acaba de cair uma carga de água inacreditável!
Falando em sintonia, Já é alguma coisa :)

Tudo ou nada?

Anos a fio a dar só um bocadinho: para me proteger, de nada claro porque é igual e da mesma forma frustrante.
Ou então, a dar tudo e sentir que ofereci um leitão a um vegetariano.
Cadê a sintonia? Aquela em que o contexto e o "aqui e agora" fazem todo o sentido?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Vanessa da Mata Boa Sorte/ Good Luck - Clipe Original

Fez-me saudades do Rio. Merda.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Para rir

Cansada, fecho todas as janelinhas do msn pedindo desculpa e explicando que não estou com vontade de falar mais: "não, por nada, só estou com sono."
Toca o telefone:

" - Olá " - do outro lado da linha a medo
" - Olá " - resposta já meio a rosnar
" - Queres falar? "
" - Já o disse em português, posso repetir noutras línguas se te facilitar." - a prepotência a borbulhar...
" - olha eu sei o poder que as mulheres têm na sociedade e dominam os homens ", dispara ele numa tentativa desesperada de Filosofia barata numa não-conversa.
" - wow! de onde é que isso veio agora?! ", a cara contorcida, os olhos a fechar de impaciência.
" - só te quero mostrar quem eu sou, o que são os meus valores." - a vitimização consumada.
" - olha, parece que vou ficar sem rede. ", e desligo.

Moral da história: "sometimes life's a bitch, and so am I"

Esta foi provavelmente a conversa mais non-sense que já tive ao telefone. Já foi há uma semana. Creio que não voltarei a ter mais tesourinhos destes.

O meu Triatlo

BTT até à praia, nadar no oceano e, daqui a pouco, dançar até cair.

Renovada

Acho que exorcizei alguns demónios esta noite.
Acordei com as almofadas espalhadas pelo chão e ao contrário. Dei uma, talvez várias voltas de 180º e estava virada ao contrário na cama. Mesmo assim, soube logo que estava em casa.
Dormi muito, tudo seguidinho. Tão bom!

P. s: Sandálias vermelhas com apliques de rubis, safiras e diamantes guardadas por uma cobra venenosa, no Harrold's acho eu. Hot.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

isto foi ontem

Escrevi um texto que vou partilhar aqui com alguns, necessários, cortes.

(...) apoderou-se de mim. Sem avisar.
Em tudo errado e eu a deixar crescer, a alimentar. Tenho um íman para coisas sem futuro e com elevado grau de probabilidade de serem bem doentias. (...)
Adivinha-se o pior e eu continuo a avançar. Digo que não, mas é mentira.
Tenho dificuldade em controlar a mente quando o corpo entra em turbilhão. Sou dominada pela irracionalidade, não passo de um animal nesta fase. (...)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Dia Branco


Hoje caiu uma super neblina que veio subindo desde o mar.
Adoro estes dias assim brancos no verão. Parece que se está dentro de uma nuvem. Se não fica frio, adoro passá-los na praia. Parece que o tempo pára e estamos ali, isolados.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ensinou-me a resistir. Obrigou-me a lutar sempre, custe o que custar. Não me conformar. Pensar por mim, com a minha cabeça. Ver para além. Depender de mim, arregaçar as mangas e começar de novo se for preciso, as vezes que for preciso.
O feitiço virou-se contra ele, vezes sem conta e ainda hoje: discussões fenomenais porque, no fundo, somos iguais.
Eu e o meu pai.

Hoje fui deixá-lo no barco, carregadíssimo lá com as mercadorias dele porque teimou em não ir de carro porque gasta gasolina e demasiado dinheiro em parquímetro. Deixei-o na hora de calor, carregadíssimo, no barco. Custou-me horrrores.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

So eu

O meu espectacular arroz branco estava ao lume quando me dirijo à WC. Acendo a luz e... FZZZ, BUM! A lâmpada explode e desfaz-se em faíscas e mil pedacos fumegantes em direcção à minha cabeça não fosse eu ter ficado especada na porta.
Resultado: o arroz salgadíssimo.
É por isso que detesto cozinhar.

Agora vou-me embora e não tenho tempo de comprar lâmpadas. Vou chegar sexta à noite e ter um ataque de nervos porque não vou ver um palmo quando entrar na casa de banho aflita para fazer xixi como sempre que chego a casa.

Birra

Não quero ir três dias pra fora, não queeeroooo! Nããããããoooooo!
Quero ficar aqui em casa sossegada sem ter que falar com ninguém, nem olhar, estar na minha vida, nos meus horários, dormir na minha cama. Não quero iiiiiirr...
chuif

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Aposto sempre mal. Pelo menos é uma constante nesta relação feita de nada. Assim como o egoísmo; a aparente insensibilidade; o fingir que se passa por cima, que não dói.
Há coisas insolúveis entre nós.

sábado, 25 de agosto de 2007

Praias


Hoje fui "estrear" as praias urbanas da Costa, as que estão a ser recuperadas. Aquelas que guardo nas primeiras memórias que tenho de ir à praia. Ia muito com a minha avó durante o mês de Junho que eram as férias dela. Todos os dias me comprava um pirulito: uma espécie de rebuçado num palito que me cortava a língua toda ao fim de umas chupadelas de tão aguçado que ficava. Chegávamos de autocarro e, à saída esperávamos numas paragens que eu adorava porque tinham uns ferrinhos onde me empoleirava em cambalhotas sem fim. Estas paragens ainda hoje só funcionam na época balnear e eu já não me empoleiro lá porque ando de carro. E também porque já sou demasiado grande: bato com a cabeça no chão. Não experimentei, é só um feeling.
Tinha tantas saudades destas praias, já nem me lembrava do luxo de as ter.
E há também as de S. João. O cheiro daquelas praias traz-me as minhas primas e eu em pequenas. Horas sem fim sempre dentro de água e a brincar às esculturas na areia. As nossas mães preocupadas porque o mar ficava longe na maré vazia e tinham medo que nós nos perdêssemos. Foi lá que inventámos os sapinhos com fome... aquela careta que faço nas fotos? Vem daí! Há quatro ou cinco anos quando lá cheguei e vi a praia a um terço chorei de desgosto. Hoje estão a metade disso.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Palavrinha ao destino

Alôoo, eu não sou assim tão resistente nem senhora de tantos princípios. Portanto, dá pra não provocar?
Obrigada

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

7 Coisas

corre por aí o desafio de escrever sete factos casuais sobre a nossa vida e passar o desafio a outras sete pessoas. Eu só vou cumprir a primeira parte, que é esta:

1 - adoro tomar o pequeno almoço a ver desenhos animados;
2 - detesto ouvir "és especial" porque me soa sempre a prémio de consolação;
3 - a primeira coisa que faço quando acordo ainda é ir à procura dos óculos;
4 - não tenho o mínimo sentido de orientação: já dei comigo em alcácer do sal a caminho de óbidos (sendo que saí de almada...);
5 - a minha primeira reacção a um problema é sempre fugir a sete pés;
6 - não vivo sem praia... com areia!
7 - não sei fazer compras na zara, nem berska, nem em lojas com áreas superiores a 20 metros quadrados.

sábado, 18 de agosto de 2007

correr

Ir correr não só é um desafio físico como psicológico. Eu nem gosto muito de correr, mas uma miúda tem que manter algum físico.
Quando vou de manhã começo por ficar na ronha de propósito para ver se fica demasiado calor se for no verão, ou se chove se for inverno.
Lá me arrasto para fora da cama e sou assaltada por uma fome desmesurada que, a ser saciada, será impeditiva de ir então à corridinha.
Adio a fome e equipo-me.
Já na rua começa o cérebro a enviar mensagens pelo corpo: está muito calor, isto deve fazer mal; dói o joelho, se calhar é melhor parar; dói a cabeça, vamos parar?; dói o pé; as costas, o dedo mindinho... E não desisti até porque tenho aquela mariquice de colocar nos ténis e no IPOD e não quero baixar a média. Consegui com isto a improbabilidade de enganar o meu próprio cérebro.
A música nos ouvidos e na mente tem ainda o mérito de me distrair dos carros a buzinar e dos anormais que mandam bocas. Além de que me abstrai. É a minha forma de meditação.
Ultrapassados todos os obstáculos invade-me uma sensação de vitória e bem-estar que me acompanha ao longo do dia todo. Aconselho.

Bons momentos

ANA CAROLINA E SEU JORGE - É ISSO AI

Nao durmo

Estou acordada desde as 2 da manhã de hoje e ainda não tenho sono. Dormi uma média de 3 horas desde domingo. O que é que se passa? Que despertina é esta? Quem me conhece sabe que, se há coisa que eu faço e muito é dormir! É que tudo me dá sono: nervos, ansiedade, cansaço, frio, calor e até fome. Isto é o quê?...
Estou a ver se afogo a pica numa cerveja. Bela desculpa.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Kizomba

"Essa tem magia..."
"Essa tem romance, mas não quero abusar..."

Há coisa mais linda? E eu perdida de riso. Sem saber, mas já adivinhando que ia recorrer a esta imagem em dias sem tanta graça assim.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

"- Did you know. . . I hardly remembered you.
- Hardly remembered?
- I mean. . . I mean it's always the same. Each time I see you. You happen to me allover again."

(the age of innocence)

10 Filmes

Foi uma guerra fazer isto. Pensava eu que não tinha cultura cinematográfica suficiente para tal e agora tenho dezenas de títulos a competir na minha cabeça.
A repetição do meu querido Gael não é inocente (Amores Perros; Y tu Mamá También).



Amores Perros, Alejandro González IÑARRÍTU, 2000




Cidade de Deus, Fernando MEIRELLES, 2002




Snatch, Guy RITCHIE, 2000




The Piano, Jane CAMPION, 1993




Rei Leão, Walt DISNEY, 1994




Y Tu Mamá También, Alfonso CUARÓN, 2001




La Mala Educación, Pedro ALMODÓVAR, 2004




Nicotina, Hugo RODRÍGUEZ, 2003




Ocean’s Eleven, Steven SODERBERGH, 2001




Death Proof, Quentin TARANTINO, 2007

Puff Daddy Ft Keyshia Cole - Last night

yeah

sábado, 11 de agosto de 2007

Hoje apetecia-me

Chegar a casa e ter uma uma sopinha quente à espera. Aquele borburinho da famelga às turras, adivinho que o tema do dia de hoje será a eventual ou certa saída da minha irmã. Aquela cabecinha não pára: a praia, as amigas, as compras, os rapazes, os colares, as pulseiras, bikinis a condizer, a dieta interminável, o cabelo... ainda me lembro de como ser adolescente cansa. A piada é que também tenho que admitir que conviver com eles é de loucos!
Apetecia-me outra coisa hoje, que não isto: aqui e agora.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Sera mesmo necessario?

Planear o prórpio dia e o seguinte: não vá a noite prolongar-se. Ajustar os horários, preparar alguma coisa, não muita porque a experiência alia-se à preguiça, que é uma óptima conselheira em alguns casos porque aparece disfarcada de instinto. O banho na hora certa, a pele perfumada, o cabelo brilhante, aguentar a fome porque já está tudo combinado, pelo menos na minha cabeça.
Em casa, deslumbrante e esfomeada porque só apetecia um cineminha. Cansaço compreensível.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Vodacom Moçambique

África no seu melhor

sábado, 4 de agosto de 2007

TPM

É uma altura em que se pode confundir o estado dessa pessoa com o de alguém que sofre de distúrbios mentais ou personalidade múltipla. Vejamos:
À mínima coisa o humor muda para o oposto em que se estava. Telefonas a combinar seja o que for e cinco minutos depois já não te apetece fazer nada daquilo, tipo: quero ir e quero ficar. Se ainda não estavas de mau humor vais ficar porque só essa indecisão te vai irritar. Aí já estás transformada numa péssima companhia seja para quem for e até para ti mesma.
Vês um cão na rua e desatas a chorar porque na tua cabeça a infelicidade de todas as criaturas do mundo está ali espelhada e é culpa tua.
Também não tens forma de conter o mau feitio em relação àquelas pessoas que em situações normais ignoras e vais espalhando fel à tua passagem, lançando palavras que soam como dardos e assim aumentando a colecção de inimigos. Logo a seguir, pisas sem querer um bicho da conta e desatas a chorar outra vez.
No fim do dia, não sem teres gritado com a tua mãe ao telefone, dás conta daquela dorzinha quase imperceptível mas sempre presente e percebes a razão de todo aquele azedume. Que continua nos dias seguintes porque, apesar de já saberes o porquê, continuas sem o querer evitar.
E a vontade de comer coisas improváveis?
Falo como se fosse para outra mulher porque uma outra característica deste meu estado é justificá-lo como se fosse universal.
Este é o mundo maravilhoso das mulheres. Ok, talvez só o meu.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

De mal

Mas porque é que esses ignóbeis seres que foram eleitos para governar este país não páram de me vasculhar os bolsos? Porque é que me fazem sentir rancor contra o meu país que não tem culpa nenhuma? Ter vontade de emigrar cada vez que recebo mais uma carta da segurança social a pedir valores exorbitantes que já paguei e me foram arrancados e raspados até à última gota quando ainda estava a começar a vida profissional e precisava mais de ajuda do que de contribuir sei lá para o quê!!! E me fazem perder tempo precioso a justificar e a comprovar que JÁ PAGUEI! Preciso de odiar alguém, só não sei quem...

terça-feira, 31 de julho de 2007

A Dor

De estar;
De não ser.
Ver e Sentir.
Não poder dizer;
Querer ferir.

De respirar e
morrer num suspiro.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Mas foi murro ou empurrao?

Lá fui eu hoje trabalhar, tentar dar o meu melhor, proporcionar conforto e segurança, etc.
O senhor precisava de ir à casa de banho: " can I go in the front?" E eu: "no, sorry, the toilet is in the back". Lá foi resmungando. Continua-se o trabalho, poucos passageiros, tudo nas calmas. No regresso da casa de banho, o senhor outra vez com muita pressa e já muito maldisposto disparou: "let me pass, i want to pass!!" E nós "ok, ok, just a second" Enquanto desviávavamos no mínimo 10kg de trolley que estava a serviço. Num acesso de fúria, a personagem furou caminho por cima dos lugares vazios e com a mão fechada veio de encontro ao meu braço empurrando-me para passar, sem que eu estivesse no caminho: "you are a bloody company!"
A grande dúvida: isto foi um murro ou um empurrão? Que maltratou e insultou não é de todo relevante. O grande busílis era esta questão que, de tão clara e gritante conseguiu reunir o consenso de todas as testemunhas oculares. Mas a quem tinha o poder de intervir e o dever de defender o que importava era objectivamente: "mas foi murro ou empurrão?" E ainda se desculpa: "há pessoas sem educação."
Espero que a má educação não dê para se atirar ao pescoço de alguém numa próxima oportunidade. E se der, já sei com quem não posso contar.

sábado, 21 de julho de 2007

Faz parte

Quem vai aos festivais de música de verão já sabe: aquilo é mesmo um festival. Começa logo com a caloraça que se panha, porque "vamos cedinho para aproveitar" a seguir o drama de saber se vai dar ou não para levantar dinheiro no multibanco e, já que falamos em comunicações, todos sabemos de como as redes de telemóvel entopem nestes dias. Principalmente se "fomos só ali" e nos perdemos dos amigos sem os quais nada daquilo vai ter a mínima graça e com os quais já tínhamos tudo combinado há meses. Seguem-se as necessidades fisiológicas. Aqueles barracos pestilentos com um furo no centro a fazer de sanita são um bom teste à nossa capacidade de permanecer sem respirar, se quisermos sobreviver ao cheiro nauseabundo. Quais testes de resistência? Festivais é que é.
Mas isto tudo é culpa nossa porque quem manda beber tanta cerveja que nos enche a bexiga ou comer aquelas iguarias que nos fogem do organismo a sete pés assim que lá entram? E quem manda ser ganacioso e ir para o recinto mal nasce o dia para quando finalmente actuar o grupo que nos levou lá já estarmos sem pachorra?
Porque o espírito dos festivais é único e é irresistível.
O nariz cheio de macacos pretos de tanta poeira que se respira.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

O Amor

Sentir aquele arrepio e o nervosinho do encontro, mesmo que seja o milésimo. O estômago apertado, o tremelique nas pernas.
Frio, calor, frio outra vez, muito calor...
Mesmo que tenha que esquecer tudo logo a seguir.
Fazer das tripas coração e continuar à espera, a sorrir, a lutar e a acreditar.
A vida não pára...

sábado, 14 de julho de 2007

As sardinhadas na Ericeira

São do melhor que há. Tirando a casa dos meus pais, não há lugar no mundo (e olhem que uma pessoa viaja muito) onde seja mais mimada. Não só eu, como qualquer pessoa que tenha o privilégio de entrar por ali dentro. E depois permitem que se junte aquele grupinho que repete até à exaustão as mesmas piadas e "fait divers" de há anos. Tanto que, mesmo os elementos recém adquiridos (a malta vai-se juntando às almas gémeas) já riem e participam como se os tivessem vivido.
E a dona Tina sempre ali ao cantinho a rir para o infinito...
Um grande bem-haja a uns grandes anfitriões.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Uma vez escrevi para a Vogue

Isto foi em Março. Reza assim:

Foi com grande interesse que, na Vogue do mês de Março, me deparei com o artigo de Sofia Ramos, que fala de como aparentemente começa a ficar desactualizado o mito da mulher inteligente e bem sucedida que seria, por outro lado, pouco atraente aos olhos dos homens. O meu interesse foi tanto maior porque, e perdoem-me talvez a falta de humildade, considero-me parte desse grupo de mulheres. Só houve um pequeno susto quando a minha leitura do artigo atinge um parágrafo citado da obra “Why Smart Men Marry Smart Women” em que se proíbe, sob pena de ser insultuoso, a uma licenciada em direito de se apresentar como hospedeira. Nesse dia, assim que me reuni com a minha tripulação tive o cuidado de alertar a minha colega, que era licenciada em direito, para esconder a qualquer custo a profissão que exerce em futuras conversas com algum pretendente. E, por precaução, achei melhor avisar também a outra, que era licenciada em arquitectura, porque nunca se sabe. Bem sei que o parágrafo continua e defende a seguir que não se deve esconder aquilo que se é ou se faz na vida, mas não vamos acreditar que alguém que escreve numa publicação com uma tiragem invejável no universo das revistas femininas consegue entrar em contradição no espaço de apenas dois parágrafos que ainda por cima são seguidos.
Espero, aliás, que este número chegue ao maior numero possível de colegas minhas uma vez que a companhia aérea onde trabalho exige a licenciatura na selecção de assistentes\comissários de bordo, vulgo “hospedeiras\os”.
Eu, pela minha parte, farei o que puder para que todos fiquem alertados já que, da minha licenciatura em jornalismo, me ficou o sentido de dever e o gosto de difundir informação.

Tenho a vida cheia de Amigas

Estão sempre lá. Abraçam-me no meio da rua ou onde quer que nos encontremos. Falamos sempre como se a última vez tivesse sido ontem e às vezes esse ontem já foi há meses ou anos. E se foi há anos ou se há muita informação nova, a gritaria de querer contar tudo ao mesmo tempo e a risota pegada ouve-se a quilómetros. Compreendem quando as abandono por algum motivo que vem sempre a revelar-se de menor importância. E mesmo depois disso fazem uma festa só porque volto ainda que seja após vários dias desaparecida. Sabem e perdoam todos os meus defeitos até os que se viram contra elas como morrer de ciúmes só porque tenho que as partilhar com quem quer que seja.
Obrigada por me terem encontrado, por me procurarem mesmo quando me escondo, por me dizerem sempre a verdade mesmo que adocicada: “sim, estás mais gorda, mas gira na mesma.”

domingo, 8 de julho de 2007

Porque tem que haver sempre uma razao

Criei um blogue porque sim. Apeteceu-me. Só isso.

acerca da menina